Homens e mulheres precisam de tempos diferentes para chegar ao orgasmo. O homem, por exemplo, costuma chegar ao ápice do prazer mais rápido. Mas isso não uma é regra! O tempo da relação sexual pode variar até mesmo entre eles, assim como pode variar de uma relação para outra.
Não existe uma regra que aponte quanto tempo às relações devem durar. Ou seja, tanto uma rapidinha quanto uma transa demorada estão igualmente corretas. O importante é que ambos saiam satisfeitos da cama.
Existe uma duração ideal para a relação sexual?
Como foi dito, tanto uma transa demorada quanto uma rapidinha podem ser prazerosas, desde que os envolvidos estejam conectados e buscando a mesma coisa: o prazer. É preciso consentir e se entregar por inteiro ao momento íntimo.
De acordo com Enylda Motta, sexóloga e psicóloga, especialista em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da USP, não existe um “tempo ideal” para as relações sexuais. Esse é um conceito que varia de pessoa para pessoa. “O importante é que o indivíduo queira e deseje muito esse momento. Cada entrega pode fazer a diferença na vida da pessoa, então seja uma rapidinha ou algo mais lento, deve ser feito com muito prazer”, afirma a profissional.
Qual é o tempo médio?
Embora não haja uma regra de quanto tempo deve durar uma relação sexual, existe sim um tempo médio – indicado por pesquisas. O mais curioso é que a duração considerada normal mudou com o passar dos anos. No final da década de 1940, por exemplo, o tempo médio de duração do sexo era de dois minutos para 45% dos homens. Esse número, hoje, poderia gerar um diagnóstico de ejaculação precoce, de acordo com Crystal Dilworth, biomédica e divulgadora científica.
De acordo com um estudo mais atual, realizado pela Universidade de New Brunswick, a duração médica do sexo agora está entre 5 e 10 minutos. Quando esse tempo ultrapassa 20 minutos, a atividade é considerada indesejada pela maioria dos 152 casais que participaram da pesquisa. Eles tinham entre 21 e 77 anos. “Pouquíssimas pessoas tem relações sexuais em si [penetração vaginal] que durem mais do que 12 minutos”, afirma Barry W. McCarthy, terapeuta sexual.
Quais são os principais fatores que influenciam?
A relação sexual pode ser influenciada por vários fatores. Isso muda a intensidade, a satisfação e, é claro, a duração. Entre os principais motivos estão:
- Práticas sexuais, objetivos e normas: o principal objetivo do sexo para muitos é o orgasmo. Isso pode influenciar a duração, principalmente se a companhia não estiver no mesmo ritmo.
- O que conta como sexo: muitas pessoas definem qualquer contato estimulante como sexo. De forma geral, pessoas com uma definição mais ampla podem durar mais tempo na cama.
- Sexualidade: de acordo com um estudo de 2014, mulheres lésbicas tem um tempo de sexo maior do que mulheres em uma relação heterossexual.
- Restrições externas: novos pais, por exemplo, podem precisar de uma relação sexual mais rápida, que dure somente o tempo em que a criança tira uma soneca.
- Idade: a duração das relações sexuais costuma diminuir com a idade. Diversos fatores que afetam a saúde e a resistência tendem a contribuir com essa alteração.
- Função sexual: dor durante o sexo e ejaculação precoce são exemplos de fatores negativos que podem limitar a duração da transa.
Pesquisas científicas sobre a duração da relação sexual
Vários estudos já foram feitos para entender o tempo de duração da relação sexual. Eles envolvem até mesmo a frequência com que os casais transam. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que o certo é transar uma vez por semana.
Desse modo, a relação irá durar quase sempre o mesmo tempo, já que o corpo estará acostumado. Outra pesquisa, dessa vez realizada na Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, concluiu que o sexo não aumenta o nível de felicidade, mas o nível da felicidade pode alterar o tempo de duração. Uma pessoa infeliz não terá o mesmo desempenho na hora H do que alguém feliz.
Quanto ao tempo em si, de acordo com uma pesquisa internacional, a média de tempo da duração é de 5 minutos e 24 segundos. O estudo contou com a presença de 500 casais: da Espanha, da Holanda, dos Estados Unidos e do Reino Unido.
No entanto, a espquisa aferiu somente o tempo entre a penetração vaginal e a ejaculação, sem incluir as preliminares. A pesquisa concluiu que não existe uma duração tida como normal para o sexo, uma vez que esse tempo pode variar de acordo com o que as pessoas consideram ser mais ou menos desejável.
- Leia também: 7 formas de como controlar a ejaculação precoce
Fontes: Gaucha ZH; Exame; Doutor Jairo; UOL