hormônios do prazer feminino

Quais são os hormônios do prazer feminino?

A expressão francesa “la petite mort” se refere ao momento do orgasmo, que, ao ser traduzido literalmente, significa “pequena morte”. Essa metáfora representa a ideia de que, no ápice do prazer, ocorre uma espécie de “morte” momentânea, seguida de um renascimento mais intenso, fortalecido pelos hormônios do prazer feminino. Isso porque o corpo libera uma poderosa combinação de hormônios que elevam as sensações e emoções a um nível extraordinário, trazendo uma sensação de euforia e bem-estar.

Quais são os hormônios do prazer feminino?

Os hormônios são substâncias químicas essenciais que transportam informações do cérebro para os nossos órgãos, desempenhando papéis fundamentais no corpo. Eles regulam funções vitais, como a reprodução e o metabolismo celular, além de serem os responsáveis por diversas reações químicas que ocorrem no organismo.

Entre esses hormônios estão os relacionados ao prazer feminino, que o corpo naturalmente produz. Confira os quatro principais hormônios que formam essa mistura química perfeita e que estão por trás das sensações de prazer durante o orgasmo!

1. Endorfina

A endorfina é um hormônio que atua de forma semelhante à morfina, mas de maneira natural, produzida pelo nosso próprio corpo. Esse hormônio desempenha um papel crucial como analgésico, proporcionando uma sensação de bem-estar e alívio de dores e tensões musculares.

As endorfinas tendem a ser liberadas em diversas situações, como durante a prática de exercícios físicos ou ao consumir alimentos picantes. Além disso, momentos de colaboração e harmonia em grupo também favorecem a liberação desse hormônio, contribuindo para uma sensação geral de felicidade e conexão. Essa substância é fundamental para o nosso bem-estar emocional e físico, tornando-se uma aliada na busca por uma vida mais equilibrada e saudável.

 2. Serotonina

Somos seres sociais por natureza e temos uma necessidade intrínseca de nos conectar com os outros. Essa conexão desencadeia a produção de serotonina, um hormônio que nos proporciona uma sensação de satisfação e bem-estar. Por outro lado, níveis baixos de serotonina podem resultar em irritabilidade, ansiedade e insônia, impactando negativamente nossa qualidade de vida.

Felizmente, gestos simples, como um carinho ou um estímulo positivo, podem ajudar a elevar os níveis desse hormônio. Além disso, diversas atividades também contribuem para a liberação de serotonina, como:

  • Praticar exercícios físicos regularmente, que aumentam a circulação sanguínea e estimulam a produção de hormônios do bem-estar.
  • Expor-se à luz solar, que favorece a síntese de serotonina e melhora o humor.
  • Manter uma alimentação equilibrada, rica em triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, encontrado em alimentos como nozes, peixes e ovos.
  • Meditar ou praticar técnicas de relaxamento, que ajudam a reduzir o estresse e aumentam a sensação de calma e contentamento.

Essas práticas não apenas promovem a liberação de serotonina, mas também são fundamentais para uma vida mais equilibrada e feliz.

3-  Dopamina

A dopamina desempenha um papel fundamental como parte do nosso sistema de recompensa. Esse hormônio é liberado quando realizamos atividades que exigem pouco esforço, proporcionando uma sensação intensa de prazer.

Muitas mulheres relatam a falta de desejo sexual, e uma possível explicação para isso é que, em algumas situações, o cérebro associa a relação sexual a um esforço desproporcional em relação à recompensa recebida. Isso é particularmente comum em relacionamentos heterossexuais, onde muitas mulheres se dedicam plenamente para agradar seus parceiros, mas sentem que não recebem a mesma consideração em troca.

Lembre-se: o momento íntimo não se resume a penetração, e a mulher precisa receber estímulos em outras partes do corpo. Mesmo que pequenos.

4- Ocitocina

A ocitocina, conhecida como o “hormônio do orgasmo e do amor”, desempenha um papel crucial no prazer, além de ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade. Sua função primordial nos seres humanos é a criação de laços afetivos, sendo também o hormônio da entrega e da comunhão.

Uma curiosidade sobre a ocitocina é sua importância durante o parto, onde auxilia nas contrações intrauterinas e na liberação do leite durante a amamentação. Para aumentar os níveis desse hormônio, é fundamental sentir-se amado e querido. Portanto, é essencial escolher estar em relacionamentos que proporcionem essa sensação de afeto e segurança, pois isso não apenas favorece a liberação da ocitocina, mas também contribui para uma vida emocional mais saudável e gratificante. Estar cercado por pessoas que nos fazem sentir valorizados e apoiados é vital para o bem-estar emocional e a construção de conexões significativas.

E a testosterona?

Embora frequentemente associada aos homens, a testosterona também desempenha um papel na saúde das mulheres. Quando os níveis desse hormônio estão muito baixos, pode haver um impacto significativo na vida sexual feminina. O termo “testosterona feminina” é frequentemente utilizado, mas é incorreto, pois a testosterona é o mesmo hormônio que circula no sangue tanto de homens quanto de mulheres, embora em concentrações diferentes.

A testosterona exerce funções importantes no organismo feminino, influenciando a atividade dos ovários, o metabolismo ósseo e muscular, além de ter um papel fundamental na função cognitiva e no desejo sexual. Em condições normais, esse hormônio afeta positivamente o desejo, o humor, a energia e o bem-estar das mulheres.

Os hormônios andrógenos, como a testosterona, têm efeitos diretos no sistema reprodutor feminino e no cérebro, modulando a função reprodutiva em conjunto com outros hormônios, como o estrogênio. Essa interação hormonal é essencial para manter o equilíbrio e a saúde do corpo feminino, refletindo na qualidade de vida e nas relações interpessoais. Portanto, é importante estar atento aos níveis hormonais e buscar orientação médica quando necessário para garantir o bem-estar geral.

Prazer masculino X prazer feminino

O prazer atua de maneiras diferentes em corpos femininos e masculinos. No primeiro caso, durante o orgasmo há a contração de toda a região pélvica, o que inclui a vagina, o ânus e o útero. Durante o prazer feminino, o clitóris e o ponto G, que nada mais é do que a continuação interna do clitóris, ficam maiores e mais sensíveis devido ao aumento de sangue na região.

Já em corpos masculinos o orgasmo, geralmente, acompanha a ejaculação e também há contrações em toda a região da pelve, o que contribui para expelir o sêmen para fora. Para finalizar, o prazer é essencial para a qualidade de vida do ser humano e a relação sexual é uma das principais responsáveis pela produção de prazer.

Fontes: rede metamoforse; prazer ela, extra; Unimed Fortaleza; Afya

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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