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Dor na relação durante a menopausa: o que causa e como aliviar?

A menopausa é um período difícil para as mulheres e costuma ser marcada por suores noturnos, fadiga e nervosismo. Mas um dos sintomas mais comuns é a dor na relação durante a menopausa. Inclusive, essa sensação de desconforto a segunda queixa mais referida.

Mais de 60% das mulheres na pós-menopausa sofre com atrofia vaginal, mas somente 7% desse total são tratadas. Esses dados são do estudo REVIVE (Real women’s of treatment options for menopausal vaginal changes). A maioria das mulheres deixa de procurar ajuda por vergonha de relatar dores na hora H. Diante do assunto, trouxemos uma explicação mais detalhada.

O que causa dor na relação durante a menopausa?

Antes da menopausa, o estrogênio auxilia na manutenção da espessura e elasticidade das paredes vaginais. No entanto, com a diminuição dos níveis de estrogênio no início da menopausa, o revestimento vaginal tende a tornar-se mais fino e menos elástico. Como resultado, as paredes internas do canal vaginal passam a produzir menos lubrificação natural

Com menos lubrificação e menos elasticidade, a relação sexual torna-se mais dolorosa. Essa atrofia não afeta apenas a vida sexual, mas também a relação com o parceiro, além da autoestima e bem-estar emocional da mulher.

De acordo com estudos, 62% das mulheres que sofrem de atrofia vaginal evitam ter relações com seus parceiros. 58% fazem menos sexo, 35% adiam a relação sempre que podem e 23% excluem totalmente o sexo de suas vidas. A preocupação com o futuro da vida sexual, perda da autoconfiança como parceira e o sentimento de que há algo de errado com o corpo são frequentes nas mulheres que sofrem de atrofia vaginal.

De acordo com a Marthha Goetsch, professora assistente emérita no departamento de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Ciências da Saúde de Oregon e co-autoria do artigo, a dispaurenia pode ocorrer em qualquer fase da vida. No entanto, é mais comum após a transição da menopausa. Mesmo com esses sintomas, é possível ter relações sem dor, basta tomar as medidas certas.

Como aliviar a dor na relação durante a menopausa?

Tudo vai depender de como a área vaginal sofreu mudanças. Assim, é possível entender qual o melhor tratamento. Isso quem poderá dizer é o especialista, após fazer os exames. As opções de tratamento mais comuns são:

1. Lubrificantes

O uso de lubrificante é a solução mais rápida e comum para mulheres que sofrem com a secura na região íntima. Os profissionais recomendam aquecer um pouco o lubrificante, pois o frio é um vasoconstritor, o que faz com que as mulheres tenham ainda menos lubrificação natural.

Por outro lado, o calor é um vasodilatador e ajuda a relaxar os músculos. Uma ótima opção é colocar o frasco de lubrificante em uma tigela com água quente por alguns minutos antes de usar. O recomendado é que seja um lubrificante a base de água, não de óleo ou silicone. Os produtos à base e água não causam irritações na pele ou oferecem riscos de queimaduras, caso sejam aquecidos.

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2. Cremes de estrogênio

De acordo com estudos, essa opção de prescrição é muito eficaz na redução da dor durante a relação, incluindo na área do vestíbulo. Eles são normalmente de baixa dosagem, localizados e vêm em diferentes formulações que o médico pode ajudar a escolher.

3. Hidratantes vaginais

Os hidratantes vaginais podem ser creme ou géis. E possível compra-los sem receita médica, mas não é recomendado fazer o uso sem a prescrição correta. Esse produto ajuda a aumentar o teor de água nas células mucosas vaginais, aquelas que revestem a parede.

Eles ajudam a restaurar a elasticidade e lubrificação, embora possam ser úteis para quem têm dor no vestíbulo. Alguns modelos de hidrantes ainda ajudam a reduzir os níveos de pH vaginal. É preciso ter cuidado, pois muitos lubrificantes se promovem como hidratantes, mas há diferença. O hidrante têm instruções para aplica-lo dentro da vagina regularmente, afirma Streicher. Enquanto isso, um lubrificante deve ser utilizado durante a relação.

4. Lidocaína

Essa opção não é muito convencional e os profissionais não recomendam para todas as pacientes. Quem não pode  usar hormônios, por exemplo, fica de fora das recomendações. A lidocaína líquida é um anestésico que adormece as terminações nervosas do vestíbulo.

Em pequeno ensaio feito em mulheres com dispareunia, o produto reduziu a dor durante a relação para a maioria das participantes. As mulheres puderam então se relacionar sem dor enquanto fazia uso da lidocaína e raramente relataram dor após a passagem do efeito. Ressaltamos ainda que ela não adormece o pênis do parceiro.

Fontes: Folha; Life Well; Delas; UOL

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