A confiança representa uma peça fundamental para o sucesso e a continuidade de um relacionamento. De nada adianta ficar com uma pessoa em quem você não confia e não vê verdade. Quando a confiança acaba, a convivência é prejudicada. Muitas pessoas traem e recorrem à expressão ‘compulsão por trair’ na tentativa de justificar seus atos.
Esse assunto tem ganhado cada vez mais força e, diante disso, decidimos trazer uma explicação um pouco mais profunda. Confira conosco a seguir.
Compulsão por trair existe?
Se relacionar com outra pessoa, estando em um relacionamento com alguém, é considerado traição de acordo com o senso comum! Mas a infidelidade na verdade depende muito do que é acordado entre o casal. Existem homens e mulheres, por exemplo, que permitem que a parceria consuma pornografia online sem problema.
Mas, em contrapartida, há quem veja isso como um sinal de traição. Assim como existem casais adeptos às relações abertas, que não se incomodam com a vida sexual do parceiro ou parceira. Em todos os casos é preciso que haja confiança e que sigam o que estão acordando.
Nas relações, a infidelidade pode começar de diferentes maneiras. Do ponto de vista individual, algumas das causas que podem levar uma pessoa a romper os limites de exclusividade são: atração sexual, gratificação de necessidades sexuais, emocionais ou sociais, compulsão ou vicio sexual, vingança e vários outros.
Algumas pessoas não conseguem ser fiéis aos acordos, sejam eles quais forem. Padecem de uma espécie de infidelidade crônica que faz com que colecionem casos repetidamente, mas nunca se apegam. Existem várias justificativas por trás desse comportamento e uma delas é a busca por autoafirmação.
As pessoas com esse perfil tendem a procurar no outro o reconhecimento de que são desejáveis e conforme conseguem isso, pulam para o próximo parceiro. Carregam, assim, uma necessidade constante de sentir que têm o poder de sedução. Essas pessoas possuem personalidade narcisista, egocêntrica, de sexualidade muito aflorada.
Outra justificativa é entender que essa infidelidade também pode ser considerada algo compulsivo. Nesse caso, razão para viver é a obsessão pelo sexo, pelo ato de trair. A busca por prazer não tem limites. E nessas circunstâncias, a pessoa pode não saber bem que é doente.
Essa compulsão ou vício em sexo é um tipo de TOC que precisa de acompanhamento profissional. Um psicoterapeuta ajuda a reconhecer melhor e identificar os mecanismos inconscientes que levam à mania de trair. Em casos extremos, é preciso fazer o uso de medicamentos que amenizam a ansiedade.
Diante de uma relação de muito amor e paciência, algumas pessoas tentam controlar suas parcerias infiéis ou fazê-las mudar. No entanto, ninguém muda se não quiser. O controle externo pode, inclusive, dificultar tudo.
Qual o perfil psicológico de quem trai de forma compulsiva?
De acordo com profissionais da saúde, existe mais de um perfil psicológico de quem trai, uma vez que todas as pessoas são singulares em vários aspectos. Um traidor compulsivo pode acumular outras formas de compulsão associadas, o que agrava o comportamento e torna mais difícil controlar esse problema. As principais características de quem tai são:
1. Compulsão sexual
Esse transtorno é muito sério! Ele faz com que a pessoa tenha o desejo sexual sempre alto, o que pode não corresponder com as vontades do seu parceiro ou parceira. Sendo assim, a traição se torna uma justificativa para procurar por sexo com outras pessoas.
2. Compulsão por mentir
Essa é uma característica comum. A pessoa tem a necessidade de mentir para outras e, para sustentar suas histórias, está sempre criando outras. É algo totalmente natural para ela que pode ser muito convincente.
3. Compulsão por seduzir
O ato sexual pode ser o ápice da traição, é claro. No entanto, o flerte é um parte grande e importante dele. A sedução funciona como um jogo, onde a pessoa sente mais prazer em conquistar, em ver como os outros a deseja e se sentem atraídos.
Agora que você já sabe sobre a compulsão por trair, aproveite para ler também: Por que as pessoas ficam em relacionamentos ruins?
Fontes: Casule; Lider Detetives; Extra; UOL