Muitas pessoas já ouviram a palavra chuca, mas não sabem como funciona ou até mesmo para o que serve. Também conhecido como “enema”, a chuca é o ato de limpar a região anal internamente. Ou seja, a pessoa que está fazendo introduz água no ânus para fazer uma limpeza completa.
Geralmente é feita antes da prática do sexo anal. Diante de um assunto um tanto quanto complexo, decidimos trazer um pouco mais de informações. Então, continue aí conosco para saber mais.
O que é a chuca?
Como foi dito, a chuca é uma técnica utilizada para quem deseja fazer uma limpeza interna na região anal. Existe mais de um motivo para isso. Ela é utilizada para ajudar pessoas com problemas de intestino, por exemplo. Mas serve especialmente para evitar que fezes saiam durante o sexo anal.
O termo inclusive se tornou comum nos últimos anos, principalmente nas redes sociais e também em séries famosa, como “Sex Education”, da Netflix.
Na chuca, a lavagem é feita colocando uma pequena quantidade de água dentro do reto e do ânus. É comum utilizar uma bombinha que jorra água. Embora ajude a evitar constrangimentos, não é recomendado fazer o procedimento com frequência.
Isso porque há riscos de alterar a composição das bactérias da flora anal, provocando diarreia ou desconforto. Então, para evitar qualquer problema, o recomendado é sempre fazer a limpeza da área externa do ânus com água e sabão e ali, bem na entrada.
Quais são os riscos da chuca à saúde?
1. Contaminação
O principal risco da chuca para a saúde é o compartilhamento dos materiais utilizados. Isso pode causar contaminação severa. De acordo com profissionais da saúde, compartilhar duchas pode transmitir doenças como: clamídia, gonorreia, HPV e até verminoses. Sendo assim, é essencial ter o próprio equipamento individual, caso vá fazer.
2. Atrapalha o funcionamento do intestino
A chuca, quando feita de forma incorreta, pode comprometer o funcionamento do intestino, uma vez que a água em alta pressão pode alcançar uma grande profundidade no reto. Isso faz com que a flora intestinal também sofra danos e cause desconforto a quem fez. Há casos onde pacientes relataram forte diarreia depois de realizar a limpeza interna.
3. Lesão à mucosa do reto
A mucosa é uma cama protetora no reto. Com os materiais errados, é possível causar lesão à região, provocando sangramentos e aumentando as chances de infecções. Por isso não recomenda-se o uso de garrafas pet ou outros objetos inadequados na hora de fazer a limpeza na parte interna do ânus.
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Existe mesmo a necessidade de fazer a chuca?
A prática não é obrigatória ou necessária antes da relação anal. Isso vai de cada pessoa! É preciso estar atento aos próprios hábitos intestinais. De modo que é possível identificar se terá algum problema na hora H. E talvez dispensar a lavagem anal.
De acordo com o infectologista Vinícius Borges, as fezes costumam ficar concentradas no cólon sigmoide e, quando finalmente chegam no reto, a pessoa sente a vontade de defecar. Depois de fazer a evacuação completa, não se torna necessário realizar uma lavagem, visto que o reto estará tecnicamente vazio. Então, a ducha pode ser usada apenas para fazer uma lavagem externa do muco restante.
“Uma dieta rica em fibras, muita água e exercícios são os maiores aliados para quem quer praticar o sexo anal, pois evacuando diariamente você passa a ter um controle maior da quantidade de fezes acumuladas e pode evacuar quando pretender ter uma relação”, explicou.
Qual seria a frequência ideal?
Não existe uma frequência certa para fazer! No entanto, se a chuca for feita antes de toda relação anal e se isso for algo constante, a lavagem interna pode trazer alguns problemas à saúde. De acordo com o infectologista Vinícius, essa frequência pode retirar o muco que protege o intestino.
Isso causa o ressecamento das fezes. Então, com o passar do tempo, o corpo pode se tornar dependente da prática para conseguir evacuar. Por isso os profissionais recomendam, acima de tudo, que cada pessoa conheça o próprio corpo.
Enquanto alguns vão ao banheiro duas vezes por dia, outros costumam evacuar a cada três dias. Conhecendo essas particularidades do corpo, é possível se programar para não passar por qualquer constrangimento durante o sexo.
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Como fazer a chuca de forma segura?
Mesmo com os riscos, é possível realizar a chuca de forma segura. Listamos quais são a seguir.
1. Comece escolhendo a ducha
A principal dica é: não compartilhe, sejam as descartáveis ou as reutilizáveis. Ambas precisam ser de uso individual. Se você não tiver uma em casa, é possível comprar em farmácias.
2. Prepare a ducha
A região anal é muito sensível. Então, é essencial que o equipamento esteja bem limpo e esterilizado. A esterilização, inclusive, pode ser feita seguindo as recomendações do fabricante.
3. 150 ml de água em temperatura ambiente
Quanto à temperatura da água, o recomendado é que seja em temperatura ambiente. Água quente ou até mesmo morna podem causar queimaduras, visto que a região é extremamente sensível. E lembre-se, chuca somente com água.
4. Escolha um ambiente confortável
É preciso um lugar seguro e, é claro, confortável para fazer. O mais indicado é o banheiro, visto que pode ser facilmente higienizado em seguida e mantém a privacidade de quem está realizando a chuca. Além disso, o vaso sanitário se torna o principal aliado.
5. Use lubrificante
Recomenda-se o uso de lubrificante. De preferência, neutro e a base de água. Com o produto em mãos, passe-o no ânus e escolha uma posição confortável para fazer a introdução da ducha. Geralmente, as que compramos em farmácias vêm com o lubrificante. No entanto, recomenda-se utilizar um pouco mais para evitar qualquer atrito.
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6. Introduza a ducha
Se sentir dor ou qualquer incômodo enquanto faz a introdução, pare! Em último caso, sente-se no vaso sanitário e faça o movimento de expulsão dos resíduos. Se a primeira água sair limpa, não prossiga. Mas, se sair com dejetos, faça mais duas ou três vezes para expulsar tudo.
Como não fazer a chuca?
1. Com o chuveirinho
O chuveirinho que geralmente fica no banheiro de casa não é recomendado para a chuca. Isso porque não é possível controlar a pressão da água com exatidão, assim como a temperatura dela. Isso aumenta os riscos de complicações, visto que existe um possibilidade da lavagem subir até o cólon. Essa recomendação é feita por especialistas no assunto.
2. Laxantes
Muitas pessoas fazem o uso de laxante para fazer a chuca. E, para piorar, combinam isso com o uso do chuveirinho em vez de comprar o equipamento ideal na farmácia. Mas, como você viu, essa prática não é recomendada e pode alterar o funcionamento do organismo, resultando em problemas sérios.
3. Garrafas pet
Alguns tutoriais na internet ensinam fazer a chuca utilizando uma garrafa pet que, quando pressionada, solta a água com pressão para entrar no ânus. Não use! Essa prática pode trazer vários problemas, como sangramentos, infecções, contaminações e irritações de modo geral. Esse material é rígido e pode carregar várias bactérias, mesmo quando lavado.
Fontes: UOL; Minha Vida; Drauzio Varella; Dicas de Mulher
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