O beijo grego é a prática de beijar ou lamber a região externa do ânus da parceira, ou do parceiro. Embora existam muitos tabus e polêmicas em torno do prazer anal, é válido lembrar que não se limita a uma orientação sexual específica.
Afinal, essa é uma das zonas erógenas mais democráticas, presente no corpo de homens e mulheres e repleta de terminações nervosas. Essa prática pode ser extremamente prazerosa se feita em consenso. Confira conosco mais detalhes sobre o assunto.
O que é beijo grego?
O beijo grego, prática polêmica, ainda não é conhecido por todos. Esse é, basicamente, o ato de estimular a região do ânus com a boca. A preliminar pode ser realizada em conjunto com o sexo oral, tanto nos homens quanto nas mulheres, e também para relaxar a região antes da penetração anal.
O nome faz referência à Grécia Antiga. Reza a lenda que o sexo anal era realizado somente pelos homens. Não existia lubrificante, então essa era a forma de deixar a região preparada para a penetração.
Com o passar dos anos, e com a conquista de uma maior liberdade sexual, essa atividade passou a ser realizada por homens e mulheres. No entanto, ainda há preconceito, principalmente quando é uma mulher que faz o beijo grego no parceiro.
Quando deixamos o tabu de lado, podemos aproveitar um dos maiores prazeres sexuais, uma vez que a região possui diversas terminações nervosas.
Por que o beijo grego é prazeroso?
O assoalho pélvico é uma região com muitas terminações nervosas. E por conta disso, é uma das zonas erógenas mais poderosas do corpo, capaz de concentrar grande parte de prazer. Por isso mesmo, é um ótimo estímulo.
Já sabemos que o sexo anal pode ser muito prazeroso, mas o estímulo de beijos e lambidas não fica muito atrás. Além disso, o beijo grego pode criar uma maior proximidade entre o casal, aumentando a intimidade e a entrega. Isso permite que ambos saiam da rotina, experimentando outras formas de prazer.
Como sentir mais prazer ao receber um beijo grego?
O beijo grego é muito prazeroso. Mas é preciso ser bem feito. Se é você que vai receber o beijo e está insegura, relaxe. Quanto mais descontração, mais prazeroso será o ato. Deite de barriga para baixo e permita que o parceiro faça uma massagem ou estimule a região antes de começar. Guarde o melhor para o final e, antes, capriche nas preliminares mais conhecidas.
Existem vários produtos na indústria que podem aumentar o prazer na região anal, como géis e lubrificantes com sabor e efeitos estimulantes. Basta investir tempo e preparo.
Quais cuidados devem ser tomados?
É preciso tomar alguns cuidados antes de realizar a prática, que deve ser feita com segurança!
1- Elimine os tabus
Antes de sair beijando o ânus do seu parceiro, converse com ele sobre isso, porque os dois precisam ter vontade: tanto de beijar quanto de receber. Além dos tabus, algumas pessoas simplesmente não se sentem confortáveis, e podem até achar a prática nojenta.
Em contrapartida, existem homens heterossexuais que associam a prática com a orientação sexual. O que não faz o menor sentido: o prazer na região anal não define a orientação sexual de uma pessoa. O ânus é uma região democrática, cheia de irrigações sanguíneas, e fica ainda mais sensível ao toque quando a pessoa está excitada.
2- Higienização
Como qualquer outra prática sexual, o beijo grego também pode transmitir infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), além de parasitoses e gastroenterites. Nesse sentido, além de lavar a região a fim de eliminar possíveis vestígios de fezes, também é importante o uso de preservativo.
Sim! É importante usar uma camisinha feminina por cima da região e deixá-la entre a língua e o ânus para evitar possíveis contaminações.
3- Quando se deve evitar o beijo grego?
Para evitar a transmissão de IST’s, deve-se evitar o beijo grego quando houver qualquer lesão na boca ou cárie nos dentes. Além disso, a prática é contraindicada para o sexo casual, já que as IST’s, hepatites e HPV são mais comuns de serem transmitidas nesses casos.
Por fim, recomenda-se que se evite a prática para quem estiver com problemas gastrointestinais.
4- Opções para realizar o beijo grego
Se você se sentir desconfortável com o beijo grego, uma boa solução é realizar a prática durante o banho. Existem também algumas posições que facilitam a execução da carícia, como a 69, em que ambos os parceiros conseguem ter acesso ao ânus um do outro, bem como aos genitais.
Ao fazer sexo oral nos genitais e no ânus na mesma relação, opte pela camisinha para não transferir bactérias de uma região à outra. Outra dica é investir em géis beijáveis, com sabores ou com propriedades sensitivas e térmicas: que esfriam ou esquentam.
Qual é a história do beijo grego?
O beijo grego, diferente do que muitos podem pensar, não necessariamente nasceu como uma forma de liberdade sexual ou de experimentar o prazer de outras maneiras. Pelo contrário: ele nasceu na Grécia Antiga,como uma questão prática.
É dito que, durante as orgias locais organizadas pelos gregos, os homens realizam o beijo para lubrificar a região de quem fosse ser penetrado. Isso porque, diferente do canal vaginal, não há lubrificação natural no ânus, então era uma forma de facilitar a prática sexual.
Por mais que esse nome seja comum para nós, o termo “beijo grego” não é usado em todos os lugares. Algumas pessoas descrevem o beijo no ânus de outras formas. No Brasil, por exemplo, chama-se anilíngua ou cunete. Em países onde o espanhol é língua nativa, é comum se referir à prática como beso negro (beijo negro, em português).
Curiosidades sobre o beijo grego
O beijo grego é antigo, mas nem por isso menos popular! Confira algumas curiosidades da prática:
1- Camisinha da língua
Existe no mercado uma camisinha para língua. No entanto, a intenção do acessório não é prevenir doenças. Trata-se, na verdade, de uma capa de silicone texturizada para a ponta da língua, para aumentar a sensação de prazer.
Mas o acessório só cobre a ponta da língua e deixa o resto da boca vulnerável.
2- É possível beijo grego solo
Você pode sentir o prazer do beijo grego sozinha. Mas calma, não se trata de contorcionismo! Assim como a “camisinha” de língua, existe no mercado erótico vibradores líquidos que proporcionam a sensação de vibração na região.
Outro acessório que imita o beijo grego e o sexo oral é o simulador de língua da Vibrio. Para otimizar a sensação de prazer, é só lubrificar o local antes de usar o brinquedo.
3- Prazer para todo mundo
É um mito achar que só homossexuais sentem prazer na região anal. Inclusive, o ânus é um dos pontos erógenos mais democráticos e todo mundo pode ter prazer na região, basta se permitir!
4- Deixa o sexo mais gostoso
Além de ser uma maneira do casal sair da rotina, o beijo grego deixa o sexo mais gostoso, já que potencializa a excitação e aumenta a ereção dos homens e a lubrificação vaginal nas mulheres.
5- Ponto G masculino
O ânus é rico em terminações nervosas e pode proporcionar um prazer a mais para os homens, por meio da próstata – o ponto G masculino.
6- Apelidos do beijo grego
Cunete e anilíngua são alguns dos apelidos do beijo grego no Brasil. Entre os equatorianos, a prática leva o nome de “beso negro” (beijo negro), devido à coloração mais escura que o ânus costuma ter, em comparação com o restante do corpo.
7- Precisa depilar?
Retirar os pelos facilita a higienização, mas a presença deles não significa sujeira, o que se indica é um cuidado a mais na hora da limpeza, para que nenhuma sujeira fique grudada em algum pelo.
8- Telas de cinema
A carícia foi parar até no cinema. Primeiro na série americana “Girls” da HBO em que uma das personagens recebe um beijo no ânus enquanto está apoiada na pia da cozinha.
No Brasil, o beijo estreou na série “Todox Nós”, também da HBO, entre um casal gay. Na cena, um dos personagens se ajoelha no chão e dá um beijo grego no parceiro, que está de pé.
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Fontes: Metropoles; dicasdemulher; g1; Desenrolla; Revista Maire Claire;