Você provavelmente nunca ouviu falar no beijo arco-íris. Embora tenha um nome totalmente inofensivo, o termo refere-se a uma prática sexual nociva que está ganhando força nas redes sociais e dividindo opiniões. A prática é muito duvidosa e desafiadora, uma forma de provar “coragem” – principalmente entre os homens.
Em resumo, é o ato do homem ingerir sangue menstrual ao mesmo tempo que a mulher ingere o sêmen do parceiro durante o sexo oral. Em seguida, o casal se beija, trocando os fluídos através da boca. Como foi dito, o assunto divide opiniões e por isso trouxemos mais detalhes.
O que é o beijo arco-íris?
Para entender o beijo arco-íris, basta pensar no sexo oral tradicional, mas com uma pequena diferença. Durante os estímulos, o homem irá se dedicar à vagina da mulher menstruada. Essa é a base do beijo.
Ao mesmo tempo, a mulher fará o sexo oral nele. Ou seja, a posição 69 é indispensável nesse momento. Dessa forma, ele ingere os fluídos menstruais da parceira ao mesmo tempo em que ela ingere o seu sêmen. Assim que ele atinge o clímax, os dois se beijam, misturando o sangue com o sêmen.
Essa é a base do fetiche, que é mesmo um tanto preocupante e, de acordo com os internautas, ultrapassa todos os limites possíveis.
Quais são os riscos de fazer o beijo arco-íris?
A prática, que viralizou nas redes sociais, traz diversos perigos de propagação de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Diante disso, muitos profissionais tiveram que se posicionar, de modo a deixar os riscos bem claros!
“Me preocupa bastante essas trends, principalmente porque uma geração tão nova consome conteúdo das redes sociais. Os jovens estão tendo contato com essa atividade sexual e que não é segura, pois pode colocar em risco a saúde das pessoas que praticam essa troca de fluídos, que pode trazer IST’s e outras doenças de contaminação por meio de bactérias”, alertou Clariana Leal, educadora sexual.
Os perigos ocorrem porque o beijo arco-íris, como você pode imaginar, é feito sem o uso de preservativos, o que aumenta o risco dessas doenças.
Vale lembrar que é possível transmitir infecções sexualmente transmissíveis, mesmo sem ter qualquer sintoma. Sem contar que uma pessoa que recebe o estímulo da boca de outra pessoa em seus genitais pode facilmente se infectar, caso essa pessoa esteja com algum tipo de infecção na garganta.
“O sangue pode transmitir doenças contagiosas como HIV, gonorreia, herpes, hepatite B e C, HTLV, entre outras. E no caso do beijo arco-íris nenhum dos outros utilizam proteção (preservativo), o que aumenta ainda mais os riscos”, disse Giovanna Fornasari, fisioterapeuta pélvica e sexóloga.
Não é aconselhável a fazer o beijo arco-íris?
Não é extremamente proibido! Depende da parceria (que deve ser de sua confiança) e de que ambos realizem com frequência os exames que comprovem a ausência de infeções. O correto é não realizar essa ou qualquer prática sexual sem ter a certeza de que não haverá infecção.
Hoje existe a Prep (profilaxia pré-exposição), que consiste no uso de antirretrovirais diariamente com o intuito de reduzir o risco de infeção por HIV, caso haja exposição. Mas é sempre bom lembrar que várias outras IST’s que podem ser transmitidas por meio do sexo oral.
Os testes precisam ser feitos pelo menos de seis em seis meses, ou a cada relação sexual feita sem o uso de preservativos. De toda forma, o mais recomendado é que o casal opte por um método de barreira que ofereça segurança para ambos. Assim a relação pode ser intensamente aproveitada.
- Aproveite para ler: Ciclo da resposta sexual humana: o que é e quais são as fases?
Fontes: UOL; Womens Health; Revista Marie Claire; Metrópoles; Claudia Abril