Asfixia erótica é uma prática prazerosa, mas igualmente arriscada! Muitas pessoas alimentam o fetiche de enforcar ou ser enforcado durante a relação sexual. Isso é a asfixia erótica. No entanto, não pode ser feita de qualquer jeito, uma vez que impede que o oxigênio chegue ao cérebro. Portanto, se você se deixar levar pelo calor do momento, pode ter sérias consequências.
Assim como quase tudo na relação sexual, é necessário seguir algumas regrinhas para realizar o feito. E é por isso que decidimos trazer um pouco mais sobre a prática. Antes de mais nada, é importante lembrar que isso não é uma recomendação. Se não souber como praticar, não faça. Converse com um especialista.
O que é asfixia erótica?
Como o nome sugere, a asfixia erótica é o ato de enforcar ou ser enforcado na hora H. Isso restringe a passagem de oxigênio para o cérebro, aumentando a excitação sexual, assim como a intensidade do orgasmo.
Nos dois lados do pescoço, estão as artérias que se chamam “carótidas”. Quando elas são pressionadas, limitam a passagem de sangue, rico em oxigênio, para o cérebro. Isso faz com que se acumule dióxido de carbono no organismo, o que provoca algumas reações como tontura, vertigem e prazer.
A falta de oxigênio faz com que o cérebro entre em um estado de “alerta” e comece a enviar sinais para o corpo por meio da euforia e tensão – o que pode ser intensificado com o estímulo sexual. Isso acontece por causa do “alívio” que o cérebro obtém logo após a liberação do oxigênio. E é por isso que esse fetiche se tornou tão comum, principalmente nos últimos tempos.
Como praticá-la em segurança?
1. Conheça bem o parceiro
O primeiro passo para praticar a asfixia erótica é conhecer, profundamente, o parceiro. A melhor forma de fazer isso é conversando. É preciso, por exemplo, saber o histórico de saúde da pessoa que será asfixiada. Por ser uma prática arriscada, se não feita da maneira correta, exige antes saber se existe o risco de alguma complicação cardíaca ou respiratória.
2. Esteja de acordo
Assim como tudo o que envolve a relação sexual, é preciso estar de acordo antes de praticar a asfixia. Aliás, esse é o passo mais importante!! É essencial conversar com a parceria e combinar os movimentos de segurança antes de se deixar tomar pelo desejo na hora H. Durante o ato, não é fácil dizer uma palavra de segurança, como no BDSM. Então, tudo precisa estar bem resolvido.
3. Conhecer o básico de primeiro socorros
O casal, antes de iniciar as práticas de asfixia erótica, precisa conhecer pelo menos o básico de primeiros socorros. Se alguma coisa der errado, torna-se necessário parar e tomar as decisões adequadas. Aquelas mais urgentes, enquanto espera pela emergência. Se não resolver na hora, pelo menos pode aliviar as coisas até a chegada da ajuda médica.
4. Treinar o auto controle
Parece óbvio, mas essa é a principal dica: saiba a hora de parar. Existem relatos de asfixia erótica que terminaram de forma trágica por parada respiratória. Quando a prática foi longe demais. Por esse motivo, é tão importante a definição de um ato de segurança, como levantar as duas mãos ou bater na cama, por exemplo.
5. Se informe com praticantes
Outra dica essencial é: antes de começar na prática, se informe com praticantes experientes de BDSM. Todas as dicas de segurança são bem-vindas e podem ser usadas na hora H.
6. Evite o uso de entorpecentes
Assim como no BDSM, é contraindicado o uso de entorpecentes antes de praticar a asfixia erótica. Nem álcool em excesso deve ser consumido, uma vez que pode mudar a percepção de perigo de ambos e acabar mal.
Quais são os riscos?
1. Bloqueio de oxigênio
Quando feito de forma correta, o fetiche é saudável. Assim pensam os sexólogos e os psicólogos de casal. Mas existem riscos e um deles é o bloqueio de oxigênio. Nos dois lados do pescoço, estão as artérias responsáveis por levar o sangue com oxigênio para o cérebro. Quando interrompidas de forma bruta, podem levar a pessoa a ter uma parada respiratória. Por isso, é tão perigoso; e deve ser feito com cuidado.
2. Perda de consciência
Quem está sendo enforcado pode perder a consciência. Só depende da intensidade, que não deve ser exagerada. Se houver exagero na pressão ou no tempo em que o pescoço é pressionado, a brincadeira pode acabar em tragédia.
3. Danos neurológicos
Quem se submete à prática com frequência pode sofrerdanos neurológicos. Mesmo que o cérebro perca a oxigenação por pouco tempo, isso pode se acumular com o tempo. Quanto mais tempo sem receber oxigênio, maior pode ser o dano causado a nível cerebral.
4. Perda de memória
A longo prazo, podem surgir algumas problemas cognitivos relacionados à memória ou à capacidade de discernimento.
5. Ansiedade e depressão
Quem sofre com a falta de oxigênio no cérebro pode apresentar quadros de ansiedade e depressão com o passar do tempo, assim como vários outros tipos de transtornos mentais.
6. Problema de vista e outros danos físicos
Ser enforcado com frequência pode ainda causar problemas de vista, bem como falta de controle nos movimentos, confusão, sonolência constante, contrações musculares e, em casos mais severos, até mesmo convulsão.
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Fontes: Expresso; Portal do Play; Amore Totalo; Metropoles; Folha